segunda-feira, 25 de maio de 2015

Pela minha Cidade da Praia

No cair da festa do município da minha cidade, revisito extracto de um texto que publiquei há sete anos.
"...A Cidade da Praia cresceu muito com o passar dos anos; já não é a minha cidade inocente e encantada dos meus ingénuos anos da infância e da adolescência.
Eu, também, cresci-me e perdi a minha inocência e o encanto que emprestava às coisas que amava. Parecemos, os dois, ela e eu, gente grande. Gente grande que se desentende, que se discute e se agride mutuamente. Apesar de tudo, só espero que a minha cidade ainda me reconheça, entre muitos outros filhos seus também, de latitudes, de credos, de vozes e de vontades diferentes, distantes e diversas.

Confesso, que, também, muitas vezes, sinto dificuldades de reconhecer a minha cidade que, pouco a pouco – é facto – vem perdendo alguns bons traços enquanto ganha outros e algumas rugas que, normalmente, marcam e caracterizam qualquer Cidade do mundo. Mas como bem dizia o grande Pablo Neruda, "Não posso viver senão em minha própria terra.”

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