tempo de encontro do Menino-Deus com os Homens
Blessed is the season
which engages the whole world
in a conspiracy of love.
Hamilton Wright Mabie
Dentro de poucos dias, uns e outros - todos nós -, celebramos, comemoramos ou simplesmente festejamos o dia 25 de Dezembro, o nascimento de Jesus Cristo, o Natal.
Natal para todos. Das famílias, sobretudo, para as famílias. Das crianças, também. Aliás, Natal deveria ser, simplesmente, festa das crianças. Quem não se recorda, com nostalgia, da sua infância natalícia?! Para além dos presentes, do presépio, do menino Jesus, do encontro da família, das histórias e da magia infantil, tinham, sobretudo, mistério, o que, infelizmente – ou não - acaba por desaparecer com a vida e com o tempo. Lembranças, que nos afagam a alma e o espírito, batendo fundo no bem plantado em cada um de nós. Até sinto o vento, de longe, soprando por cima das casas sem chaminés e dos sonhos dos meninos, pequenos e grandes, aqui dentro, sem luzes mas sorrindo enquanto imaginam a longínqua noite de Belém, de pastores e de anjos do Natal. O Natal aquece e amolece o coração. Sem dúvida, é mesmo um tempo mágico e a magia continua, felizmente, para a vida toda, mesmo que sem mistérios. Natal. Tempo de inspiração também. Parece que todos os poetas escreveram alguns dos seus primeiros versos por altura de um Natal qualquer, seja na infância, adolescência, ou mesmo mais tarde. É, simplesmente, “amazing” o tal “spirit of Christmas”, o clima de mais bondade, mais tolerância, mais fraternidade, mais solidariedade, mais tudo de bom que se emana e se respira durante esta época. De todos os lados, nas coisas mais simples, das gentes de todos os dias, das coisas comuns, banais até. Ás vezes muito consciente e generosamente, outras, nem por isso. Como bem diz Cliff Richard
, “A time for rejoicing in all that we see.” Tudo isso para provar que, a humanidade é realmente possível, realizável, desejável e faz-nos – a todos - tão bem! Só pode ser, conspiração de Deus com os homens! Natal é, sobretudo, celebração do encontro, de integração, de inserção do divino com o humano, na pessoa concreta, de/entre Deus e/com a humanidade. O que aprender de tudo isso? Cada um “na sua” fé, com as suas crenças, basta apenas ler e tentar interpretar os acontecimentos à luz de um certo contexto social e da vida. De um lado, Deus, criador, poderoso, Senhor e, do outro lado, homens, criaturas, frágeis, contingentes. É o poderoso que vem ao encontro do fraco e que, simplesmente, espera que este o aceite, o acolha, primeiro na pessoa de uma mulher, Maria, simples e puramente mulher. Então, não é isso o que mais faz falta ao nosso mundo, hoje?! O poderoso pode ser desde o simples chefe de família, um líder ou dirigente, seja associativo, religioso, empresarial, administrativo ou político que, muitas vezes, estão tão distantes, tão por acima dos outros, dos mais fracos, dos governados, dos “dirigidos”, sejam eles simples indivíduos, comunidades, nações, povos, ou até o próprio mundo.
Pois é, para este Natal, é boa hora – nunca é tarde! - aprender com o exemplo do Deus-Menino-Connosco de Belém, e bem hajam encontros/integrações/inserções, humanos, pessoais, concretos, autênticos, de todos para com todos.
A todos as manas e manos berdianos, especialmente os “longe da terra”, um “happy season” de luz, paz e amor.
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