2020…
… e (quase)
tudo a Covid-19 quis e quer levar na insustentável leveza das nossas
fragilidades
De uma
crise como esta não se sai da mesma maneira, como antes:
ou se sai
melhor ou pior.
Que
tenhamos a coragem de mudar, de ser melhores,
de ser
melhores do que antes
e de ser
capazes de construir positivamente a pós-crise da pandemia”.
— Papa Francisco, 31 de
maio de 2020
0. Declaração
de princípio e de intenção em antecipação da matéria
Nesta praxe,
quase litúrgica, ao longo dos últimos anos, eis o momento de lançar um olhar
retrospetivo, mesmo que de relance, sobre o que tem sido o ano que se aproxima
do seu termo, 2020,[1]
como sempre, em forma de crónica, em todo o caso, com a responsabilidade e o sentido do dever cívico
que uma cidadania presente e ativa impõe, o que, não facilitando a empreitada,
torna-a, contudo, mais tratável e, até certo ponto, oportuno, útil e algo
aprazível. Tudo numa lógica de um continuum
presente, como nos exemplificaria Santo Agostinho, “os presentes das coisas
presentes, das coisas passadas e das coisas futuras.”